quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Peripécias de Dilma e do PT mudam a campanha


Como os ventos mudaram!

Em eleições passadas, a onda de liberalização tomara tal vulto que os candidatos à presidência não tinham muito sobre o que tergiversar (para não sair de moda) para se declararem favoráveis ao aborto. Lembro-me que os repórteres impunham a pauta com tamanha veemência que aquele que se atrevesse a posicionar-se contrário era logo massacrado pela imprensa. Ficava estigmatizado. Embora candidatos fizessem um discurso próprio para o campo religioso, não tinham a menor cerimônia em negá-lo em ambientes, digamos, seculares.

Nesta campanha houve um novo realinhamento. Os temas relacionados aos valores passaram a predominar de forma positiva a pauta política e obrigaram os candidatos a definir a sua linha de conduta sob pena de sofrerem nas urnas o revés da derrota. Embora a imprensa não tenha mudado a sua visão, está sendo obrigada pela força das circunstâncias a dar voz aos milhares de cristãos que saíram da toca e resolveram pôr a boca no trombone para que os seus valores fossem respeitados.

Esse não foi um movimento articulado. Não teve um comando a liderar o processo. Foi fruto, isto sim, das peripécias do PT - Lula e Dilma à frente - que, no governo, resolveu impor uma agenda que não fora combinada nas duas campanhas que elegeram Luís Inácio Lula da Silva como presidente do país. A reação veio espontânea e crescente à medida que punham as mangas de fora. Tentativas de restringir a liberdade de imprensa, pressão para aprovar na Câmara projeto de lei que descriminava o aborto, retomado depois pelo deputado José Genoíno, aprovação por baixo dos panos do PLC 122/06, agora tramitando no Senado, e a cobertura do bolo com a assinatura do decreto que instituiu o PNDH 3, finalizado na Casa Civil comandada por Dilma Rousseff.

Logo insurgiram as primeiras vozes. Lideranças cristãs estiveram no Congresso Nacional para manifestar o seu desapreço pelas medidas que estavam em curso e um sentimento de repulsa às atitudes do governo na área dos valores começou a contagiar o povo cristão. Mas o ambiente em que esse sentimento ganhou força foi a blogosfera cristã, que formou sólida corrente de norte a sul do país para denunciar os abusos contra a democracia cometidos por Lula, Dilma, PT e companhia, que continuarão a ser perpetrados se for eleita a candidata do presidente.

O movimento cresceu de tal maneira que fez os ventos mudarem pelas bandas da campanha petista. Em relação ao aborto, Dilma já não é mais contra, mas também não é a favor, muito antes pelo contrário. O seu discurso é oblíquo e não se sustenta mais do que 20 segundos. Logo começa a gaguejar, a entrecortar e a desdizer o que disse 20 segundos antes. É a insegurança de quem mente para tentar encobrir o que todo mundo já sabe e corre solto no mundo livre da internet. A descriminação do aborto é política de governo e a eleição de Dilma dará continuidade à mesma política.

Mas as mudanças não ficam por aí. Agora Dilma é recém-convertida ao catolicismo. Deus, para ela, não é mais uma força superior, como antes, e nem "nossa senhora" uma deusa, como afirmou ao Datena. Participou até, pela primeira vez na vida, das celebrações da "padroeira do Brasil" , mas não soube sequer persignar-se e nem mesmo comungou. Mas vive a fé cristã desde criancinha. E por aí vai com as mudanças camaleônicas, como se o povo cristão fosse um bando de idiotas.

É preciso que se repita quantas vezes forem necessárias que não estamos lidando com boatos. São verdades que precisam ser alçadas ao seu devido lugar para que o engano não prevaleça. Quem quiser votar em Dilma Rousseff, use do seu direito mas saiba em que programa de governo está votando, pois o discurso que ora ela apresenta para ludibriar o povo cristão é falso como nota de real impressa na gráfica da esquina. Não me intrometo na fé alheia, mas tenho dúvidas de "conversões compulsórias" para divulgação na imprensa. Não gosto de comprar gato por lebre. Se você não gosta, não seja enganado pela mudança de discurso. Você pode arrepender-se depois.

Os ventos mudaram, mas tudo permanece como está, como na fábula do escorpião, que pediu ajuda ao sapo para atravessá-lo até a outra margem do rio. Mas no meio da travessia não resistiu e picou-o com o seu ferrão. Antes de sucumbir, o sapo ainda perguntou: "Por que me fizeste isto, mesmo sabendo que poderás não chegar ao outro lado sem a minha ajuda?" O escorpião respondeu: "Está na minha natureza".

A natureza do PT não mudou. Continua a mesma

blog geremias do couto
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